Será que vou me vender?
Estou começando a duvidar
Conheço as regras, eu sei
jogar
Mas não quero, por favor, eu
não quero
Não me obriguem a forjar-me
Não posso ser assim
Não quero vestir-me de branco
Quando há no mundo um luto
escondido
O gosto da lona aos poucos
passa de amargo
A rançoso
E ainda sim prefiro que não
reponham a rede
No meu número de equilibrista
Não posso mentir
Não quero
Não me convençam
Que a verdade era só um
artifício
Deixem que prevaleça a
ingenuidade
Me deixem morrer genuína
Mesmo que em farrapos
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