RESPEITO
respeitem meus poucos cabelos brancos
são neles que eu conto o tempo
respeitem meu compasso ralentado
os meus dias não duram o mesmo que os teus
respeitem a minha voz
ela é a única que me cala por dentro
respeitem a marca d meu sorriso
e o desenho do meu choro
talhados no rosto antigo
cada riso anunciou um grito
e cada lagrima germinou meu solo
Respeitem meu mal-estar
sou prisioneira dele, não convidada
Dês-respeitem meus versos
e me provem se há outro modo de vida
domingo, 6 de setembro de 2009
DOS ANTIGOS
cansaço
ando cansada de mim
cansada dos meus marejados olhos
da tristeza melancólica que envolve meus sonhos
Ando cansada da urgência
de que descende meus atrasos
e da estagnação que os gera
Ando cansada da falta de simplicidade
e das angustias em minha cozinha
e das cortinas da alma
Ando cansada das manhãs
e das noites curtas
e dos papéis grafados
e dos desejos abortados
Ando cansada
Mas sigo
ando cansada de mim
cansada dos meus marejados olhos
da tristeza melancólica que envolve meus sonhos
Ando cansada da urgência
de que descende meus atrasos
e da estagnação que os gera
Ando cansada da falta de simplicidade
e das angustias em minha cozinha
e das cortinas da alma
Ando cansada das manhãs
e das noites curtas
e dos papéis grafados
e dos desejos abortados
Ando cansada
Mas sigo
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