quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Andanças

Ando procurando coisas
Lendo coisas, vendo coisas
Farejando insana qualquer coisa que me corte
Que atravesse esse muro de gelo que se fez
Lembro nomes e seus cheiros
Mudo arquivos de lugar, revejo fotografias
Garimpo memórias num quarto alugado
Carregando raízes disfarçadas de cabelo
pretos, brancos, vermelhos
Diagnóstico simples
Refluxo na alma
Vazante de entretenimento
E nada que o valha
Lento caminhar de uma parede à outra
Em ínfimo metro quadrado
Ínfimo com a rachadura no gelo
À qual se prende minha esperança

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