terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Lançar-se

pretendo enlouquecer nessa noite.
Alguém me acompanha?
Alguém?
Nunca entendi para que tanto medo da loucura
É a sanidade quem assusta
O resto é estar livre...
Oras, não tenham medo
Vamos todos, nus pelas avenidas, madrugada a dentro
Tragam suas fitas em metros
Vamos colorir os céus das cidades
Vamos beijar-mo-nos
Em uníssono
Ejaculemos...
Como o foi o principio
Tragam também seus balões de ar,
Talvez precisemos voar, nunca se sabe
Há que se prevenir, mesmo em loucuras
Homens de terno e almas tesas não serão aceitas
Sim, até mesmo às insanidades é necessário alguma seleção
Desprendam do chão todos os carrosséis que virem pela frente
Amanhã eles serão promovidos
A gigantes rodas horizontais...
Seremos enfim, todos gigantes
E todos cartomantes lendo o próprio destino
ao fim da tarde, queimaremos as cartas
deitados nas praças publicas
e fecharemos os olhos
e num piscar
enfim
morreremos em paz




[1] 16/02/2009

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